"Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim." (Chico Xavier)

quarta-feira, 15 de abril de 2009

'- Saudades.


Olá você,que se mostra tão ausente,unipresente.
Olá você,que com o perfume me entorpece,entristece.
Olá você,que com o doce beijo me mata,descarta.
Olá você,que me deixa,se queixa.

Olá você,que deixa eu coração em fervor,com rancor.
Olá você,que com risadas me alegra,me cega.
Olá você,que nas saudades me visita,irrita.
Olá você,que nem o tempo desgasta,se repete.

Olá você,que toma todo o meu tempo,lento.
Olá você,que em momentos me duvida,sofrida.
Olá você,que desacredita no pensar,sussurrar.
Olá você,que o temponãoleva,releva.

Olá você,que comigo se fundiu,partiu.
Olá você,que de mim faz discreta,incerta.
Olá você,que me prende sempre,e sabe...
Olá você,que vai continuar sempre sendo assim,enfim.
Olá amor,que vai se repetir e ser assim...para sempre,você...amor!

segunda-feira, 13 de abril de 2009

'- Lembranças...


Às vezes eu preciso de você;
Às vezes eu não preciso de ninguém.
Às vezes eu preciso só pensar;
Às vezes eu preciso só vencer.

Às vezes o muito é pouco;
Às vezes o pouco é o bastante.
Às vezes ver não significa nada;
Às vezes sentir não pode ser tudo o que temos.

Às vezes sabemos nos virar;
Às vezes precisamos de ajuda para andar.
Às vezes temos que desistir, parar;
Às vezes também temos que tentar não nos importar.

Às vezes nos sentimos prontos;
Às vezes nos sentimos vulneráveis demais.
Às vezes precisamos demonstrar pra sermos notados;
Às vezes nem precisamos nos esforçar, estamos sempre no alvo.

Às vezes só precisamos de alguém pra conversar;
Às vezes esse mesmo alguém, porém, não está disposto a nos ouvir.
Às vezes precisamos saber que somos queridos;
Às vezes, ou melhor, quase sempre, necessitamos mostrar nossos sentimentos...

Dentre todas as coisas que precisamos, sabemos, sentimos, nada importa...apenas os momentos de reflexão: assim como este!Nossos momentos de reflexão sempre mostram realmente quem nós somos...isso é um fato.(y)'

segunda-feira, 6 de abril de 2009

'- Descrição...


Ela tenta alcançar, mais não consegue!Todas as palavras inúteis que a mãe dela lhe havia dito mais cedo eram todas verdades, e ela tinha deixado toda aquela ignorância alcançá-la e havia criticado a pobre coitada, sem nenhuma dó... e agora,depois de algumas horas a mesma dó afetava seus pensamentos como o veneno que trouxe a morte de Julieta.
Ela queria chorar,queria rir,queria correr, mais as pernas estavam decepadas pela pena e pela falta de força que a tinha abatido. Ela se tratava sempre em terceira pessoa,como se tivesse algo a esconder;na verdade ela tinha e não tinha medo nenhum de admitir a dor que a rondava sem perdão. A falta de sentimentos e a caridade que ela via naquela pessoa eram tão inadimplentes que ela ficava pasma ao ver como tudo aquilo se manifestava com tanta facilidade, trazendo podridão a todo olhar que lhe feria. As paredes do quarto já manchadas de dor de noites passadas, não a deixavam dormir por dias, pois os gritos das mesmas noites passadas a atormentavam sem permissão. Na rua,ela já não conseguia andar de cabeça levantada pois se via diante de fantasmas e vultos que não a tocavam,apenas passavam reto lhe trazendo aquele frio na espinha....foi então que ela o viu!Forte e com aparência daquele tipo de pessoa que não se importa com muita coisa, aberto a qualquer papel seja ele de vilão ou herói, músico pianista, escritor de contos ou apenas mais um vagabundo, enfim, não importava, ela o via ali, forte. Tão forte que o tempo foi passando e as fraquezas existentes nele já não conseguiam ser suficientes pra abalar sua memória.Com o tempo ele foi fazendo da vida dela um pesadelo,uma enorme bola de pavor que ela não conseguia se distanciar...e esta era sua confissão! Como eu dizia, ela tentava alcançar tudo, porém não conseguia... estava tudo tão perto e ao mesmo tempo se distanciando como se estivesse em uma escada rolante,descendo,descendo,se escondendo no meio do nada...assim como sua,sua...o que seria?Algo estava perdido na escuridão, ela pressentia mais não poderia fazer nada apenas esperar... esperar que a chuva parasse de correr sobre seu rosto,esperar que as dores de cabeça terminassem e as pontadas no coração que a faziam parar se distanciassem do seu ser,mais isso seria tudo em vão,eu presumo... Não foi uma boa idéia, ela dizia para o espelho!Não foi uma boa idéia ter escrito, dito, presenciado, existido junto aquele sentimento, não deveria ter acontecido, mais ela queria, cada dia mais e mais que ele sentisse o mesmo, a mesma dor que ela sentia mais isso não a faria parar, pelo contrario, a faria apenas continuar desejando e desejando mais e mais como uma criança deseja um doce, e era isso que a força dele havia se transformado, um doce, algo indispensável!Mas naquele dia foi diferente, ela sentia que não precisava mais correr o risco, não precisava mais "precisar”, precisava emagrecer de toda a sujeira que aquilo tinha se transformado: uma necessidade, um perigo em vão. Mas ainda sim ela não conseguiu fazer nada,a força dela nunca era o suficiente..então ela resolveu entregar,entregar ao tempo,como dizia sua própria mãe, coitada, “O tempo sabe o que faz!”...

Texto meio sem nexo e meio besta, mais eu só consigo me expressar assim às vezes, fazer o que xDD... Beejinhus!
=*

quinta-feira, 2 de abril de 2009

'- Infidelidade



E ela chegou à conclusão drástica: não se conhecia mais.

Os holofotes brilhavam tanto que ela derretia em meio aos próprios pensamentos em segundos, sem nem mesmo saber por onde escoaria o oceano que ela estava prestes a se transformar!Aos poucos ela agonizava e sua vida se estendia diante dos seus minutos finais...

Pensando bem, não era assim tão cheio de verdades muito menos de instruções...

Ela estava ali: cinzenta, cega e apaixonada, sim, pela sombra de um desejo impetuoso somente.

Ela sabia: se encontrava em um estado de transe que tão cedo não iria se libertar, que conseqüentemente ainda não se libertou por achar apenas que não é capaz de fazer o bastante pra isso acontecer.

No fundo ela sabia também o que sentia, apesar de estar perdida sabia o que era o medo, o que o mesmo lhe causava e como ele a consumia!

Ela somente observava, fingia e até assistia de camarote as mentiras que ela mesma estipulava segundos antes de suas ações pouco metódicas; porém, desejava não estar mais ali, desejava que todo aquele redemoinho se concretizasse e se dissipasse mais isso nunca aconteceria, disso ela também sabia!Sabia, e sentia... ela apenas havia se cansado daquele jogo todo..o jogo da vida!

O tempo foi passando, as garrafas acumulando, os cinzeiros se enfeitando com o mais puro hálito de mediocridade... a porta nunca se abria, a campainha com um barulho estrondoso e irritante nunca tocava e o vento suave que levaria toda a sua tristeza nunca soprava! Ela se isolara em um mundo irreal, se modificava aos poucos como um inseto em transição, calmo, lúcido, mas ela só queria sair dali seca, sozinha!

Naquele tempo ela achava que tinha a chave nas mãos, que a tal porta se abriria a qualquer momento deixando a passagem aberta, e ao mesmo tempo ela deixaria seu leito e iria para o mundo real, mas quanto mais ela desejava mais a porta se afastava a cada passo que ela dava... até que ela se cansou de andar, queria se mobilizar completamente, ser uma estátua de gelo, uma escultura paralisada aonde os apreciadores iriam apenas mostrar seus rostos de espanto ao fitarem sua face, enquanto ela os fitaria em revolta sem ação!

A tal revolta, o espanto, os dias e noites inexistentes de alguma forma não faziam mais sentido pra ela naquele momento de insanidade...ela não sabia no que acreditar!Tudo o que ela já havia aprendido não se igualava a nada daqueles momentos...ela havia sim,se viciado em uma droga que ela pensava até o presente momento que nunca a afetaria...tanto!Decidiu então desistir, buscar dentro de si mesma a força que necessitava insistente e urgentemente para dizer a própria alma que estava correta e que não precisava ter medo, que era só admitir tudo o que o mundo a obrigava a encarar e isso é o que a libertaria, que seria assim que ela realmente teria a chave que precisava para se libertar dos pesadelos e demônios que a rondavam inquietos, os mesmo que ela mesma havia criado!

Por fim, o filme havia acabado.

O “final feliz” pelo menos pra ela não existiria nunca e ela tinha aprendido a se conformar, em saber o que aconteceria dali pra frente: absolutamente nada, nada do que ela havia sonhado daria continuidade ao desejo que ela criou mesmo não planejando, mesmo não querendo.E ela se perdera novamente em pensamentos...sólidos, crus, vermelhos e infiéis!